A ética deste mundo, é uma ética que assenta em dois princípios básicos de sobrevivência, o que é meu e o que é teu, e por analogia cada vez maior, o que é da minha família e o que não é, o que é da minha comunidade e o que não é, o que é do meu país e o que não é, o que significa, que segundo esta ética de trazer por casa, que tem pautado a humanidade durante toda a sua evolução, eu posso escravizar os filhos dos outros, mas os outros não podem escravizar os meus filhos, logo, eu posso ser corrupto em nome dos meus e os outros não o podem ser em nome dos deles; daí, que a história tenha sido até então lastimável. Uns podem viver na mais bela ostentação, enquanto outros, vivem na mais completa miséria de pão. E enquanto isso, lá vai o mundo brincando ao faz de conta, sem saber muito bem para onde vai, enquanto assiste intoxicado por vinho, drogas e químicos de toda a espécie, à destruição da natureza, julgando que está no bom caminho, tenha ele o fim que tiver. É tanta a tolice e tanta a asneira, tantas relações interpessoais feitas de uso e de manipulação, que se torna fastidioso enumerar as tramas que ocorrem no tecido social humano, até mesmo na espiritualidade de modas, que parece transcender mas que não ilumina, apenas lustra o ego para ficar bem na fotografia, apenas isso, e enquanto isso acontece, a ética da treta é tida como o mais alto princípio do edifício social humano, aquele que atualmente dirige os destinos das nações e do mundo…
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