quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Brevidade da vida

Na brevidade do que é a tua vida,
constróis castelos em cima da areia,
persegues sonhos teus e alheios,
convicto de que nada te acontecerá.
Só podes ser tolo!
A incerteza é tão certa como uma estação do ano.
A morte tão eficaz como o nascimento de uma vida.
Observa, aquieta-te e explora quem tu és.
Tanto no silêncio como no êxtase o átomo dança,
na breve vida da tua inexplicável existência!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Bhagavad Gita

Sinceramente, não sei o que significa o poema do Senhor, ou a mensagem do Mestre, ou se realmente o Senhor Krishna, autenticou o que fora escrito por Vyasa: o que sei, é que a mensagem é muito bonita, até chegar ao último capítulo XVIII - A Libertação pela Renúncia, aí, Krishna, tenta justificar as castas e o karma das castas, e como se isso não fosse o mal bastante, adverte que cada um tem de ser autêntico dentro da sua casta, incentivando à inamovibilidade social dentro da sociedade de então. Sinceramente, depois de ler o último capítulo do livro (lidos em 1997-2019), fico com a sensação estranha que Vyasa não seria um grande Iogue, muito menos, místico, na medida, em que qualquer místico, sabe, vê e sente, que as castas são meros artefactos ilusórios de controlo social impostos naquela particular sociedade!
(deste pequeno trabalho, nascerá mais um ensaio sobre as tramas impostas ao homem ao longo das eras, neste particular, planeta)